Páginas

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Daí...

Daí, que somos seres sem nenhuma lógica e noção.

Não arrumamos o coração meu amigo,pq lá não há regras...

Dos cabelos sabemos de cada fio o seu lugar...

E o coração?

Este, permaneçe aberto em cápsula invisível,fingindo-se protegido,escondido e seguro.

Mas é músculo e carne viva, pulsantes por sentimentos tão contraditórios como a ilógica mania de arrumar diariamente tudo o que está fora de nós...

Vivendo assim,num mundo todo compartimentado,há aqueles que se esqueçem da bagunça interior.

Não nós, meu querido amigo,não nós!!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Permissões diante da guerra

Ser como o vento,lambendo as alaranjadas dunas do deserto.
Trabalho árduo,mas com finalizações edificantes.

Ponto de vista áspero.
Postura sêca.

Uma atmosfera tênue,quase monótona,
Insinuações... Sutileza quase forçada.
Uma quase vida,te levando a quase nada.

Mudo de atitude então.
Direciono meus atos para o certo.
Pq o incerto ainda tem chance de ser feliz.

Ser um não ser.
Ser nada.
Não respirar conivente,este ar.
Não compartilhar indolente
Com este: "statu quo ante bellum",

Utilizar a borda
Rodar na margem
Tentar a sorte.
Roleta de perfis.


Na primeira tacada,geléia real
Homem infinito e ideal.

Alma de peixe,base de pedra.
Sente meu gosto,foge da regra

Afinal,os padrekus atacam...
Instala-se a culpa,inquire-se a verdade

Vou confessar para os que leem
Remorso é melhor que improbidade

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Olho mágico

Ver você,mesmo que através de tecnologia moderna,
Alterou minha morfologia interna,
Transformou meus olhos em dedos,
Encantou meus sentidos.

Conheçer você,ver então seu rosto...
Decifrou a imensidão que sinto...
Me deixando penetrar em suas esquinas...
Fascinada por seus instintos.

O que sinto,é um rio claro e agitado.
Hora cheio,hora cansado.
Mas sempre disposto a percorrer seus caminhos.

O que vejo,é um homem sério,vivido.
Ouço uma voz,carregada de experiências,
Imagino um corpo,onde virtualmente me aninho.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Das Pedras

Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta e no alto subi.
Teci um tapete floreado e no sonho me perdi.
Uma estrada, um leito, uma casa, um companheiro.
Tudo de pedra. Entre pedras cresceu a minha poesia.
Minha vida... Quebrando pedras e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude dos meus versos.

Cora Coralina