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sábado, 21 de novembro de 2009

Adeus falsidade...


ESCÁRNIOS

Desatarei a fantasia em cauda de pavão num ciclo de matizes, entregarei a alma ao poder do enxame das rimas imprevistas.

Ânsia de ouvir de novo como me calarão das colunas das revistas esses que sob a árvore nutriz escavam com seus focinhos as raízes.

Vladimir Maiakovski

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mateus 6:11:09

Tão bom!Dias de sol e solidão!

Toda luz é possível nesta versão de mim.

Nada a lamentar.Decisões tomadas.

Seguir em frente.

Valorizar o agora.

Quem me quiser que espere,pq "agora" tô pronta só pra mim!



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domingo, 16 de agosto de 2009

Dá pra responder com educação?



Se é correto o que vc faz pq vc age na sombra?

Pq não mostra a cara ao invés de ficar nos circuitos internos, tecendo maldades e tirando conclusões?

Pq gosta de dissimulação e falsidade?

Pq gosta de futrica?

Pq não me deixa em paz?

Pq não me deixa em paz?

Pq isso me incomoda?

Nada por mim.



Tô vivendo uma época estranha
Nada por mim com tudo do jeito que eu quis.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sutilmente - Composição: Samuel Rosa / Nando Reis

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Daí...

Daí, que somos seres sem nenhuma lógica e noção.

Não arrumamos o coração meu amigo,pq lá não há regras...

Dos cabelos sabemos de cada fio o seu lugar...

E o coração?

Este, permaneçe aberto em cápsula invisível,fingindo-se protegido,escondido e seguro.

Mas é músculo e carne viva, pulsantes por sentimentos tão contraditórios como a ilógica mania de arrumar diariamente tudo o que está fora de nós...

Vivendo assim,num mundo todo compartimentado,há aqueles que se esqueçem da bagunça interior.

Não nós, meu querido amigo,não nós!!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Permissões diante da guerra

Ser como o vento,lambendo as alaranjadas dunas do deserto.
Trabalho árduo,mas com finalizações edificantes.

Ponto de vista áspero.
Postura sêca.

Uma atmosfera tênue,quase monótona,
Insinuações... Sutileza quase forçada.
Uma quase vida,te levando a quase nada.

Mudo de atitude então.
Direciono meus atos para o certo.
Pq o incerto ainda tem chance de ser feliz.

Ser um não ser.
Ser nada.
Não respirar conivente,este ar.
Não compartilhar indolente
Com este: "statu quo ante bellum",

Utilizar a borda
Rodar na margem
Tentar a sorte.
Roleta de perfis.


Na primeira tacada,geléia real
Homem infinito e ideal.

Alma de peixe,base de pedra.
Sente meu gosto,foge da regra

Afinal,os padrekus atacam...
Instala-se a culpa,inquire-se a verdade

Vou confessar para os que leem
Remorso é melhor que improbidade

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Olho mágico

Ver você,mesmo que através de tecnologia moderna,
Alterou minha morfologia interna,
Transformou meus olhos em dedos,
Encantou meus sentidos.

Conheçer você,ver então seu rosto...
Decifrou a imensidão que sinto...
Me deixando penetrar em suas esquinas...
Fascinada por seus instintos.

O que sinto,é um rio claro e agitado.
Hora cheio,hora cansado.
Mas sempre disposto a percorrer seus caminhos.

O que vejo,é um homem sério,vivido.
Ouço uma voz,carregada de experiências,
Imagino um corpo,onde virtualmente me aninho.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Das Pedras

Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta e no alto subi.
Teci um tapete floreado e no sonho me perdi.
Uma estrada, um leito, uma casa, um companheiro.
Tudo de pedra. Entre pedras cresceu a minha poesia.
Minha vida... Quebrando pedras e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude dos meus versos.

Cora Coralina


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Homem infinito


Mereço a sorte que tenho
Por ter te conheçido
Pessoa de fino trato e amor amigo

Agradeço a sorte que tenho
Do sonho por nós vivido
Caçoa de minha inocência e jeito perdido

Reconheço a sorte que tenho
Do momento embevecido
Pescou-me nos detalhes,homem infinito.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Silêncio

Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.

Khalil Gibran

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Decepção

Ilusão perdida
Malogro de uma esperança
Descompostura,sova merecida
Miragem,taboca,quebra de aliança.

Depositei em má conta a amizade.
Plantei em terra má,abiótica
Afiançei a perversidade
Ilusão,de contentamento e de ótica

Não há frutos em uma decepção.
É solo infértil e árido
Em meu peito mais uma erosão
Mais um rasgo vão e esquálido.

domingo, 5 de abril de 2009

Fix You

Coldplay
Composição: Chris Martin

Quando você tenta o seu melhor, mas não tem sucesso...
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa...
Quando você se sente cansado, mas não consegue dormir...
Preso ao contrário.

Quando as lágrimas começam a rolar pelo seu rosto.
Quando você perde algo que não pode substituir.
Quando você ama alguém, mas acaba desgastando.
Pode ser pior?

Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu tentarei te consertar

Bem no alto ou bem no fundo.
Quando você estiver tão apaixonada para deixá-lo ir.
Se você nunca tentar, nunca vai saber.
O quanto você vale.

Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu vou tentar te consertar

Lágrimas rolam no seu rosto
Quando você perde algo que não pode repor
Lágrimas rolam pelo seu rosto
E eu...

Lágrimas rolam pelo seu rosto
Eu te prometo que vou aprender com meus erros
Lágrimas rolam pelo seu rosto
E eu...

Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu vou tentar te consertar

sábado, 4 de abril de 2009

Identificados e exibicionistas

Contra a corrente do escondimento e da simulação, alguns blogueiros alternativos temos posto nosso documento de indentidade junto aos textos que escrevemos. Em meio de tanta máscara auto imposta, mostrar a tarjeta de indentificaço me recorda o exibicionista que abre sua capa, ainda que todos saibam o que leva dentro.

Minha impressão digital, meus dois sobrenomes e até o nome dos meus pais aparecem no cartão azulado que dá fé da minha existência. Para evitar que os policiais se desgastem dizendo-me “identifique-se cidadã”, dou adiantadamente os sinais da minha vida. O fez tambem Claudia em seu eclético blog Octavo Cerco, Lía em suas erupções de Habanemia e alguns outros que revelam seus dados para espantar o medo.

Quem sabe conseguiremos contagiar os trolls (internautas idiotas) que, amparados no anonimato, tentam colapsar nossos sítios com insultos. É pouco provável, sem embargo, que a febre de identificar-se chegue até os que tem como trabalho não dar a cara. A esses “rapazes anônimos” quero mostrar que abrindo minha capa sou mais que o 75090424130, um documento envolto em plástico e um polegar manchado de tinta que se põe no papel.

Esta entrada fue escrita el Lunes, 3 de Noviembre de 2008 a las 14:13 y archivada en Geração Y. Puedes seguir cualquier respuesta a esta entrada a través del feed RSS 2.0. Comentarios y pings no están permitidos en este momento.


Yoani Sánchez
yoani.sanchez@desdecuba.com

Cala!

Cala boca!
Cala mente!
Cala corpo!

Silêncio,um hiato por favor...?

Boca do estômago,
Mente coletiva,
Corpo causal,
Uni-vos!

Cansei de me odiar nos outros.
Cansei de esperar que venha.
Chego já!

Desce,poder de amor e transmutação!
Assume,unidade colorida do bem!
Equilibra-me nesta nova onda que passa invertida e de vies.
Para enxerga-la devo ver os contrários,o nexo inverso.
Para doma-la devo calar o reflexo,o texto e o sexo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Tombamento de consciência

Tá tudo se movendo.
Não existe mais nada fixo em mim.
Minha percepção das coisas está mudando e com ela meus valores também.
Estou em plena revolução.
Sinto que estou evoluindo da idade média pessoal.
Os inquisidores estão perplexos,seguros que o mal existe nesta pessoa que vos escreve...
Mas minha imagem(ou como me descubro agora)não é fixa...e desapareço debaixo daqueles narizes cheio de pelos e buracos imensos que mal suportam o próprio cheiro.
Sou prato cheio pra qualquer moralista que traz nos suspensórios verdades perenes...


segunda-feira, 30 de março de 2009

Carcaça imperfeita

Meu coração é tão grande que cabe as agruras do mundo e mais
Hj ele tá tão encolhido,doído e doido,torneira do mundo cuja vida se esvai.
Assumo mea culpa,sou todos os tapas,sou o rosto,a isca e o anzol
Mulheres deviam ficar incomunicáveis nestes dias,
Em quartos negros sem luz e sem sol...
Sentadas num colo sideral,anatômico,digital e confortável.
Recebendo um beijo santo,demorado e de lingua...
Inviável?
Queria a redenção dos meus pecados tolos,feito pedras no sapato.
Que em dias como os de hoje,com cães que uivam,portas que batem e eu que calo...
Pudesse eu ter asas longas,loiras asas esvoaçantes
Que eu voava pra longe,olhos lânguidos e trejeitos dementes
Sentava nas mãos de Deus,com dedo na boca,corpo solto,aninhada...
Deixava pra sempre essa vida besta,este fardo besta,carcaça de perfeição inacabada.